quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

O Pódio

"Alguma coisa aconteceu
do ventre nasce um novo coração..."

[1º de julho - Renato Russo]



Estudos comprovam que eu falo muito, hahah
q nada kkkkkkk
Penso que se tudo o q se passa nesse cérebro viesse à tona, nenéeem...
Acho q se alguém roubasse meu PC e visse as músicas que eu mais tenho ouvido, ia entender.
Eu tava aqui me perguntando pra qq fiz um blog, já tive bem uns dois...
Mas é isso, eu precisava escrever.

Sabe, hj liguei a tv sem muita pretensão, e a Record começou a transmitir a competição de patinação artística das Olimpíadas de inverno. Eu sempre achei lindo esportes coreografados ^^
Mas no fim, o que mais me chamou a atenção, além da beleza do esporte e das patinadoras, foi a diferença entre elas...
Imagino o que é uma menina novinha ficar 4 anos treinando pra uma olimpíada, e estar diante de um público e redes de tv internacionais, jurados, enfim. Certamente todas eram talentosíssimas, mas o que acabou fazendo diferença foi outro fator, o emocional.
Constatei que a principal causa de erros na execução dos movimentos era a motivação que cada uma levava. Havia meninas visivelmente bem treinadas e estimuladas, mas mais visível ainda era o pavor estampado no rosto delas: "Vai dar tudo errado...!"
Ou ainda, era perceptível que algumas tinham potencial pra executar coreografias mais ousadas e tecnicamente superiores, mas é bem provavel que assim não tenham feito pq se julgavam incapazes de buscar uma medalha olímpica. Daí eu disse pra mim mesma, "é Camila, nem sempre modéstia ajuda."; a gente tende a esconder atrás da modéstia o conformismo, e do conformismo, o medo. E DAÍ se a melhor patinadora do mundo iria competir também, será q eu não posso me dar ao luxo de tentar fazer meu melhor??? De ir à frente, de fazer diferença?
Exemplo disso foi uma patinadora da Geórgia, Elene Gedevanishvili, que nem quis saber quem estaria lá: entrou sorrindo, arrasou, fez uma sequência perfeita, deu o seu melhor. Ainda que não tenha alcançado as primeiras colocações, ela fez tudo o que pôde, e levantou o público.
Mais bonito ainda foi a canadense Joanne Rochette, que perdeu a mãe no domingo, e ainda assim, superou-se e brilhou ao som de um tango. E ficou com a terceira colocação da prova.

É fato que a vida nos exibe seus favoritismos e impossibilidades volta e meia, mas como disse Meu Amado, "tudo é possível àquele que crê". E ainda que não tenha sido hoje, se eu fizer de tudo pra ser melhor, ainda que não chegue ao mais alto do pódio, não voltarei pra casa com a sensação de não ter feito pelo menos o possível.

É, cheguei à conclusão, eu precisava mesmo ter assistido aquilo. Eu preciso me convencer disso.


Boa noite =D

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